30 de dez. de 2015

Rogener & Rosana - 1992



Digitalizei uma gravação caseira de uma fita BASF. A gravação data de 23 de abril de 1992. Eu tinha 11 anos. Ouvindo aqui muita coisa vem à memória. O ano de 1992 foi marcado por grandes acontecimentos e eu me lembro de alguns particulares. Teve o impeachement do Collor, o assassinato da Daniela Perez, massacre do Carandiru.

O Flamengo (time que torcia) foi o campeão brasileiro! Lembro de ver a final na casa da minha vó!
O São Paulo também campeão do mundo, e eu lembro que acordei de madrugada para ver o jogo e ver o Raí fazer aquele gol de falta! Vi também o Mansell vencer o mundial de F-1, mas vi muitas vitórias de Senna.

Ouvindo a gravação, já vejo que começo com um bullying pesado para cima da Rosana, o que era muito normal, ainda mais entre irmãos. Que diriam os psicólogos de hoje ouvindo isso?
Ela tinha orelha de abano na época e eu e meu irmão não perdoávamos, inclusive mais para frente outro apelido era o de magrela, seca, etc. Isso não foi surpresa, zuar os irmãos era muito normal. Eu não lembrava que eu gostava tanto de arrotar e fazer sons de porquice no microfone e falar palavrão, sempre achei que eu fosse uma criança tão comportada...

Também não lembrava que eu gostava de cantar. umas das primeiras que canto é a música "Pedras que cantam" do Fagner. A música era a abertura da novela "Pedra sobre pedra". Outras é a música "Pensa em mim " de Leandro de Leonardo e "Xô Sarampo", de alguma campanha de vacinação.

 

Minha mãe faz algumas participações ao fundo, ou mandando eu fazer alguma tarefa doméstica ou evitando que eu e meu irmão entrássemos em conflito (como era muito comum). Em um dos momentos eu tento provoca-lo, porque ele quieto era "ruim".
 
Uma das melhores partes é a parte que gravo a música de Sandy e Júnior na rádio e em seguida a gente continua a cantar gravando nossas vozes. A Rosana fica perdida no final sem o ritmo...

Em seguida, aos 13 minutos eu canto uma paródia que o meu irmão fez em alusão ao acidente que sofri de bicicleta no ano anterior. Na verdade eu sempre achei que eu tivesse 12 anos quando eu sofri esse acidente, mas agora isso mostra que eu tinha 10 anos, o que ainda é mais chocante, pois minha bicicleta (na verdade era do meu irmão mais velho) ficou esmagada debaixo de 2 pneus de um ônibus interestadual.

Um amigo da escola passou em em casa e me chamou para dar uma volta de bicicleta, e eu tinha a "grande" ideia de irmos até o clube caiçara (!!) que fica já fora da cidade. No balão da Tomas Alberto Whatelly ele foi e eu atrasado tentei ir e um ônibus gigante me acertou me jogando no meio do balão. Eu levantei e fui pro canteiro, o motorista desesperado parou algum carro na rua, vieram um povo não sei de onde, me pegaram pelos braços e pelos pés (daquele jeito "bem seguro" para transportar um acidentado) e me jogaram dentro do carro. "Corre para o hospital". Eu não sei como, mas não quebrei nada, só me ralei todo. Lembro que me largaram numa maca na Santa Casa, onde nem sequer limparam meus machucados. Meu irmão veio me buscar e eu fui embora de ônibus, todo ralado e sem chinelos.

Imagina o desespero da minha mãe quando veio a mãe do menino (ou o próprio menino) que estava comigo, avisar do ocorrido. Ela chegou no lugar, viu a bicicleta debaixo do ônibus e alguém entregou-lhe meus chinelos...

Finalizando tem uma alusão ao jornal "Aqui Agora" (quem não se lembra de Gil Gomes).
Conclusão: eu só acho que minha voz da época não tem nada a ver com a minha voz atual e a da Rosana parece, rs.

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